quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sou filha mas sinto-me a mãe...

É mesmo assim que me sinto, sendo filha sinto-me a mãe dos meus pais. Eles massacraram-me tanto com o facto de eu ir trabalhar que me sinto culpada, que me sinto responsável por eles.
 
A minha mãe no dia 21 de Setembro deste ano fez um dos seus "filmes" que tive um ataque de pânico no meio de uma enorme discussão, mais uma...
 
A máquina de café avariou, eles não compram outra, parece que ficam à minha espera, dizem "não temos dinheiro..."
 
Acontece isso ou aquilo nada fazem ficam sempre à espera que seja eu a resolver tudo, como se eu tivesse ganho o euromilhões, ou como se eu por vezes me senti-se com forças de seja o que for.
 
Já nem no artesanato me consigo "agarrar" quem acompanha a página já deve ter reparado que a página anda mais parada, eu estou novamente com o pensamento: Nada faço aqui, não mereço viver, não faço cá falta... São estas as palavras que me lembro constantemente, sinceramente não sei se vou aguentar muito mais tempo isso.
 
Eu faço apenas um pequeno resumo do que se passa, prefiro não entrar em pormenores desta discussão que vos falei no inicio da publicação, e ainda não tive coragem de vos contar porque me sinto culpada, talvez um dia, se eu sair deste buraco negro onde estou neste momento.
 
Até um dia.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013


Ter pais para que? Se quando preciso de um ombro amigo, eles não estão lá, se quando preciso de uma palavra de coragem, de incentivo recebo precisamente o contrário, se quando queria apenas ouvir fizeste bem feito, fizeste bem, ou mesmo não deverias ter feito assim, mas que explicassem de forma a eu entender o porque?! Ter pais apenas para me “cortarem as asas”, ter pais apenas para verem sempre o meu lado negativo, ou o lado negativo da vida e fazer-me afundar deste lado, não obrigada. O meu pai bem sei que não é bem assim, sei bem que é “uma vitima” no meio disso tudo, sei bem que também ele, pensa em suicídio tantas ou mais vezes do que eu, sei que o problema esta e sempre esteve apenas na família maternal, avós e mãe, juntos não há quem aguente.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Bater sempre n mesma tecla, não tenho remédio...


Pode parecer que sou a pior pessoa do mundo e se calhar até sou, mas neste momento se me alguém me conseguisse ler a mesma, só iria ler: “não suporto a minha mãe, não a suporto…”

Eu ainda gostava de saber porque insisto em bater numa tecla que já não tem solução, Meu Deus, perdoa-me por ser fraca e não lutar pelo que quero, mas principalmente pelo que não quero, não a quero aturar. Ela complica por tudo, reclama de tudo, ai a sério tenho de “ sair deste filme”, tem vezes que só me apetece gritar: “ Odeio-te, odeio-te…” mas eu amo-a senão não cá continuava, sei de muitas pessoas que acham/ e com razão que já nem deveria estar aqui há anos, mas não sei porque, insisto nisso.

Despeço-me desta publicação apenas com uma mensagem para a Srª minha mãe que não a vai ler, mas deixo aqui o meu pensamento:

Acorda mulher para a vida, agradece a Deus o que tens e não o que não tens, ou poderias ter, não culpes os outros pelos teus fracassos, não queiram para os outros uma vida miserável como a tua, fica feliz com a felicidade dos outros, e não o contrário, aproveita o marido que tens, aproveita as filhas que Deus te deu, porque muitas no nosso lugar já te tinham deixado sozinha e sem sequer olhar para a tua cara.  A vida são 2 dias e um já vai na conta vive a vida e deixa de te lamentar.

terça-feira, 30 de julho de 2013

"Por vezes tem de se recuar para depois se puder avançar 2 passos..."

Tenho recebido mail's/ comentários a perguntar o porque de ter parado de escrever aqui no blog, por isso acho que merecem que eu explique aqui por publicação:

Comigo continua tudo igual, por enquanto continuo a trabalhar, sempre com as mesmas "chatices" cá em casa. Continuo cá em casa também, e continuo com o namoro e com o artesanato (o meu refugio).

Não deixei de escrever porque cá em casa as coisas estão calmas, nada disso, as discussões sem nexo continuam, o problema é que o fazer-me contar/ descrever discussões do presente estava a fazer-me contar/relembrar acontecimentos do passado e não me estava a fazer bem, foi por isso decidi parar um pouco para "respirar fundo" e depois sim continuar.

Como sabem, acho que escrevi isso em algum das outras publicações, fez em Fevereiro um ano que tentei suicídio, estou constamente a lutar contra uma recaída na depressão, no "buraco negro" onde me enfiei, por isso é que sempre que vir que estou a regredir paro um pouco e procuro pensar só em algo que goste, neste caso o artesanato, por isso por enquanto é lá na página onde me irão encontrar constatemente.

Obrigada de coração pela preocupação e pelo carinho.

Ate breve.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Desde que comecei a trabalhar cá em casa todos me apontam o dedo, todos me fazem sentir culpada...
 
Queria tanto puder contar o porque mas até a mim me custa só pensar nisso que escrever por enquanto não consigo, é de tal monstruosidade que nem consigo descrever, faltam-me as palavras.
 
Só quero pedir a Deus se ele realmente existe que me ampare, que venha em meu auxilio, porque eu já não aguento mais.

“A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda, mas que a gente sabe que um dia vai se estabilizar.”

“A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda, mas que a gente sabe que um dia vai se estabilizar.”
Por haver tanto para dizer, tanto para contar certamente me fartará forças para continuar, tem sido assim nestes últimos meses… já não tenho mais forças, bem me tento “levantar deste poço” onde me metim mas já não consigo.

Eu desde que aqui comecei a escrever sempre pedi sempre disse que queria apenas ser/ sentir-me uma pessoa normal, queria apenas que me tratassem com adulta e não como criança, mas parece que continua a ser impossível. Até no trabalho as pessoas me vêm assim, se calhar sou eu que mostro isso. Ninguém mete conversa comigo tenho sempre de ser eu a falar, mas sou e sempre fui de poucas falas, porque não posso mostrar o que realmente se passa comigo, por vergonha, ninguém entenderia o porque de uma mulher de 26 anos ser tratada como se tivesse 5 anos.

Se no trabalho tento conversar algumas que “a educação não é coisa que lhes assista” vão responder sim, mas de forma brusca que fico sem saber nem vontade de voltar a falar; se falam normal comigo eu tento perguntar coisas, por exemplo sobre culinária, adoro cozinhar respondem-me: “cala-ta sabes lá cozinhar, tens lá idade para isso” ( Quem não sabe a minha idade real pela minha aparência dão-me uns 17 anos), sinceramente já não sei o que fazer.

Em casa… bem isso será na próxima publicação porque vai ser longooooooooooo, há muito por contar, até lá.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Sempre pensei que fosse diferente....

é verdade o titulo deste poste diz tudo, sempre quis trabalhar, sempre pensei:" quando começar a trabalhar vai ser tudo diferente" porque vou me tornar mais independente, vou-me sentir mais útil. mas a verdade é que desde que comecei a trabalhar continua tudo igual, queria tanto sair de casa, mas logo agora é que o "anjo da guarda" ficou doente. Na minha vida tem de ter sempre um mas...
 
Cá por casa as coisas continuam na mesma já não posso ouvir as mesmas coisas constantemente, a saúde do meu pai, esta é que agora os médicos suspeitam de algo grave no estômago, cancro também ,mas ainda não se sabe, espero que não tenho nada, porque não sei se aguentava ficar sem ele, ou ter de passar por uma batalha tão grande, como já vos tinha dito ele já "desistiu de viver" para ele esta vivo por estar se é que me faço entender, por isso uma doença destas seria o fim...
 
Dia 12 desde mês faz um ano que eu tentei suicídio, só não o fiz pelo meu pai, porque saberia que ele não ia aguentar.
 
Quanto ao trabalho faço tudo para ser alegre, simpática com todas as pessoas/colegas, faço de tudo para elas "gostarem de mim" mas tem sido uma batalha difícil, nem percebo o porque, parece que sou um monstro que ninguém gosta de mim.... Ontem por exemplo fiquei junto de uma colega e sempre que tentava meter conversa com ela, ela ou não respondia, ou então respondia de forma brusca... sinceramente eu não percebo serei assim tão má pessoa?!
 
Só queria que as pessoas gostassem de mim, gostassem de conversar comigo, gostava de sentir pelo menos que gostam da minha companhia.
 
Não creio que seja pedir muito, mas no trabalho se não for eu a falar ninguém mete conversa comigo, e há uns que ou é para humilhar ou então nem respondem, ignoram...
 
Ontem fiquei tão nervosa que até fiquei com falta de ar, e hoje continuo na mesma, a sério ser feliz é pedir muito?!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Afinal será que tudo o que faço é errado?

Não tenho conseguido vir cá comentar porque com o trabalho e o artesanato as coisas ficam mais complicadas do que imaginei, até para o artesanato tenho andado mais a meio gás, muito se deve também porque como já vos tinha contado o meu pai começou também a fazer uns porta-chaves, no inicio até gostava porque ele se distraia, o problema foi quando ele começou a fazer do meu atelier o seu espaço, a usar os meus materiais para as suas coisas. Desde que acordava até ir dormir ele estava no meu espaço e eu fui deixando passar e acumulando trabalho. Tive de me impor...
 
A minha mãe só porque o meu avô me vai levar ao trabalho todos dias, anda a ver se arranja confusão com a minha irmã sempre a " envenenar" a dizer a minha irmã: " ele parece que só tem uma neta" "se fosse a ti não ia mais a lado algum com ele" e coisas assim do género.
 
Hoje aconteceu um algo que tem sempre acontecido, meus pais nunca me apoiam em nada, (ainda me recordo no dia que cheguei a casa do trabalho e disse que tinha sido escolhido para assinar contrato por 6meses a cada de desagrado de todos). Tenho o cabelo muito encaracolado, quase Crespo, e sonho à muito ter cabelos lisos, uso prancha mas gostava de o ter sempre liso, como precisava cortar as pontas e pintar o cabelo (pintei de loiro e já precisava retocar) liguei para marcar com a cabeleireira, falei com ela sobre a possibilidade de fazer alisamento, ela falou-me em fazer escova marroquina, que dura cerca de 6meses liso, ora fiquei logo empolgada, o problema é que custa 80€ este alisamento + cortar + pintar vai rondar os 120€. É muito, eu sei, nos tempos difíceis que correm, com tantas pessoas desempregadas é dinheiro que poderia ser usado de forma mais útil, mas eu sempre coloquei os outros em primeiro lugar, ainda no Natal, gastei todo o ordenado a comprar bens alimentares para casa para ajudar os meus pais, não vi ninguém a dizer que não era preciso agora só porque acho que também mereço por uma vez na vida investir em algo que eu gosto, a minha mãe começou logo a brigar e a gritar: " é uma vergonha, gastar tanto dinheiro no cabelo, foste trabalhar para gastares tudo em porcarias" e o meu pai ajudou " se não guardares agora não vais conseguir guardar nunca, nem tudo o que se gosta se pode ter" e coisas assim do género.
 
Juro que só me dá para rir, porque eu nunca tinha trabalho sem ser no artesanato e tudo o que tenho de dinheiro 80% guardei no banco, raramente compro roupa porque o namorado oferece-me imensa roupa, não saio à noite, logo o que fiz a vida inteira foi guardar dinheiro para um dia usar, e quem me garante que este dia vai chegar?! quem me garante que amanha não me acontece algo?! E viver não tenho direito? Não posso por uma vez na vida puder usar algo que é meu para mim?!
 
A eles eu só respondi:" eu por acaso estou a pedir-vos alguma coisa?!" Ninguém me respondeu.
 
O cabelo está marcado para 4ª feira, lá vou eu, tenho de começar a impor-me senão eu não sei o que será de mim, domingo faço 26 anos, mas continuo a sentir-me com 5 anos e a ser tratada com tal, sinceramente já não aguento mais.
 
Tenho de ser eu a mudar a minha vida não posso esperar que a vida se resolva sozinha. Até pode ser um futilidade o cabelo mas é o que eu quero e ponto final :)