terça-feira, 25 de setembro de 2012

Trabalhos onde andam?!

Empregos não há?! Eu não os encontro, à dias recebi uma carta do centro de emprego, lá fui eu a pensar “vai ser desta” mas não era apenas para dizer o que todos já sabemos, há muitos inscritos no centro de emprego que está difícil e blá blá blá e para dizer que tinha de me inscrever para um curso profissional “ publicidade e marketing” com duração de 1 ano com direito a estágio no final, ai sim fiquei contente não era trabalho mas já me abria portas para o mercado de trabalho no final do curso, eu tenho o 12º ano mas não tenho formação em nenhuma área e o curso seria ótimo, inscrevi-me passado uns dias, fiz a entrevista, depois os testes e fui chamada na passada 5ª feira para começar nas aulas, o problema é que fica a quase 30 km de casa e teria de pagar autocarro e alimentação que no final do mês me iria custar cerca de 220€, eles pagavam apenas os materiais escolares, fiquei sem chão confesso. Era-me impossível frequentar a escola, não iria conseguir manter a página de artesanato durante um ano e sem o dinheiro que consigo por mês como me iria manter na escola, (as aulas começavam às 8h da manha teria de sair 1h e 30minutos mais cedo de casa e chegava perto das 19h 30minutos a casa)?! Tive de desistir com muita pena minha.

Então peguei em currículos, fiz-me à estrada, entreguei em todas as empresas, lojas, que fui encontrado numa ilha que nem é assim tão grande, até hoje nem uma resposta positiva, é desesperante. Não sei mais o que possa fazer, juro… ainda há pessoas que dizem “há trabalho quantos queira, não querem é trabalhar”, eu quero muito, quero mesmo muito e não encontro nada até para limpezas já me inscrevi e nada. Se não fosse o artesanato eu não sei o que seria de mim, os meus pais dão-me comida e roupa lavada, mas mais não dão nem nunca deram, os meus pais nunca me compraram roupa, nunca lhes pedi nada, se me visse a ter de lhes pedi da forma como a minha mãe é, devia ser uma coisa difícil de suportar.

Não ele não é um monstro

Da última vez que escrevi estava muito revoltada e escrevi de forma aparecer que todos à minha volta eram monstros, este blog serve para desabafar e não quero denegrir a imagem de ninguém, apenas escrevo o que me vai na alma, tudo o que escrevi foi sincero, mas o que escrevi sobre o meu anjo da guarda embora seja verdade, não creio que tenha sido justa. Vou explicar porque: eu não lhe posso dizer que gosto de nada, senão ele compra logo, no inicio do namoro, falava-lhe sobre roupa e no dia em que nos víamos lá vinha ele cheio de sacos com tudo o que tinha dito que gostava, até em materiais para artesanato comecei e cheguei onde cheguei porque ele me comprou muitos materiais, senão nunca tinha conseguido, porque não tinha dinheiro para investir em materiais. Ele desde que comecei a ter mais dinheiro abusa, sim é verdade, irrita-me muito quando ele fala como se fosse eu que tivesse de sustentar uma vida sozinha, quando somos 2 pessoas a “remar para o mesmo barco” sim é verdade, mas não quero que pensem que ele é um monstro porque não o é.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Não sou mãe de ninguem!!

Voltando à história do casamento, lembram-se de eu ter dito que ele queria casar mas que eu tinha de guardar dinheiro?! Pois bem, este mês veio ele com uma novidade diferente: “Tenho uma multa de 464€ mas não tenho dinheiro podes-ma pagar?!” Eu confesso que o meu coração acelerou e pensei para com os meus botões: “ Ele trabalha, e não tem dinheiro para pagar como eu que não trabalho, não tenho um ordenado certo é que vou ter?!, como ele quer que seja eu aguardar dinheiro para um casamento se depois me manda pagar uma multa?!” Como o amo e não queria que ele fosse preso (porque a multa era da arma ele tem licença e porte de arma, mas a médica atrasou-se a fazer a declaração e quem teve de pagar foi ele, neste caso eu, lá paguei, acabei de a transferir, sabem o que fez?! Nada, nem obrigado, fiquei praticamente com a conta a zeros, com materiais para comprar, encomendas para sair e teria de pagar as despesas de envio, confesso que desesperei… Uma coisa que eu odeio, é emprestar dinheiro, odeio mesmo, os meus pais nunca me compraram nada, quando andava na escola o que eles me davam para almoçar eu não comia e guardava para quando quisesse comprar alguma coisa, nunca pedi nada a ninguém, e não consigo lidar bem com aquelas pessoas que mesmo tendo dinheiro pedem sempre, parece vicio. Domingo passado, aconteceu algo parecido, estamos a colecionar uns cromo de um caderneta que cá há, ele chegou cá com uma mão cheia deles, mas disse eu não paguei, quando sairmos ele também vai lá estar, leva mais e pagamos (mal pensava eu, que seria eu a pagar) chegamos ao destino e lá veio o senhor dos cromos com mais… ele disse já pagaste?” ele disse, não, não tenho troco!!! “ E eu disse “então tivesses ido trocar dinheiro para lhe pagar” como o Senhor estava à espera e ficava feio voltar a não pagar lá paguei eu, e comprei mais uns quantos, depois apareceu uns miúdos com mais, mas eu disse “não tenho dinheiro trocado” o meu pai disse” eu tenho compra lá mais, “ eu comprei o que ele tinha de trocos em cromos” quando já não tinha mais dinheiro trocado eu disse” compro mais da próxima vez” e o meu anjo da guarda disse “eu tenho mais dinheiro aqui”, juro que me passei… Disse então se tinhas porque me fizeste gastar o dinheiro todo que tinha e ainda me fizeste pedir a meu pai?! Ele disse “ah não me lembrei” e eu disse” não te lembraste não, estas é habituado é a meter-te nas coisas, nos sarilhos e eu é que fico atras a resolver-te, não sou tua mãe, não tenho filhos, e não te estou para sustentar, trabalhas tens um ordenado, então arranjas-te com o que tens e deixa o meu dinheiro em paz, se eu não te peço nada, o que te digo para comprares pago-te, então enquanto não formos casados é assim, amigos amigos, negócios à parte” devo ter falado tão alto que quando acabei de falar estava tudo o olhar para mim, ele nem se mexeu mas também não estava com cara de muito preocupado. Eu amo-o muito, mas não vou sustentar ninguém temos pena, mas não sou mãe de ninguém.

Uma miséria de vida!

Já não cá vinha há algum tempo, muitos dias passaram mas na verdade tudo continua praticamente igual. Com as encomendas que tenho tido este mês não tenho tido muito tempo de vir cá escrever, o que é bom, gosto de estar ocupada assim não penso tanto no que se passa à minha volta, mas hoje sinto uma vontade enorme de escrever, às vezes dá-me para isso, escrevo horas e horas a fio e depois de me sentir mais “leve” rasgo e deito fora. Hoje faz 8 anos que começamos a namorar, e nem podemos estar juntos. Agora estou mais calma mas estive mesmo quase a terminar o namoro, acho que ele merece melhor, acho que lhe estou a “empatar a vida”, ele ama-me, eu sei disso, mas ele tem algo que por vezes me magoa, quando mais preciso de um abraço é quando ele não se apercebe. Por exemplo há dias numa daquelas saídas coletivas estava mesmo em baixo, não me apetecia falar com ninguém só me apetecia estar sozinha, precisava de um abraço, mas ele em vez disso, fez birra como as crianças (como eu não falada) ele também não falou, eu afastei-me mais e ele nem se importou nem veio ver o que se passava, é a única coisa nele que me irrita, se não estou bem ele em vez de se preocupar ainda me enerva mais fazendo birra, já lhe disse isso mas ele faz sempre o mesmo. Quanto aos meus pais, mantem-se tudo igual, a minha mãe continua com aquela mania de ser a “dona” do mundo e da vida dos outros é daquelas “ ou fazem como eu quero e digo ou então eu parto tudo”. O meu pai, agora descobriu no artesanato uma forma de se distrair, eu acho ótimo, se não fosse ele estar sempre a mexer-me nas minhas coisas (eu odeio), e estar sempre sentado no meu lugar, fiquei com as encomendas atrasadas porque sempre que vinha ao atelier já estava ele, e para não o estar sempre a mandar sair, fui deixado passar, até que chegou ao ponto de ter acumulado tudo. A minha irmã, bem esta então diz-me sempre que está farta, que já não aguenta, que é uma vergonha isso ou aquilo, mas depois na hora H, acham que ela faz frente?! Não, claro que não! E pronto a minha vida mantem-se na mesma, uma miséria!