terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A vida pregamos sempre rasteiras

Parecia tudo a entrar no rumo certo num rumo que sempre sonhei que sempre quis mas que por medo fui deixado o tempo passar até ao mês de novembro do passado ano. Eu decidi meter um basta nesta vida de medo e decidi agora sim estou preparada: " vamos anunciar aos meus pais que com o começo do novo ano vamos procurar casa e preparar tudo para vivermos juntos" disse eu ao meu anjo da guarda. E assim fui em novembro dissemos aos meus pais, que até para surpresa minha  eles nem reagiram assim tão mal.

Começamos a procurar casa antes sequer do principio do ano, comecei a deixar o medo apoderar-se de mim mas estava mesmo decidida até que começa 2017, parece que com o ano veio para desmoronar tudo e todos os que andavam à minha volta.

Logo no inicio do ano os médicos dizem ao pai do meu anjo da guarda que poderá ter cancro na garganta que teria de fazer quimioterapia e radioterapia, primeiro murro no estomago.
Dia 10 de Janeiro o meu pai sofre um avc agudo, tão grave que os médicos não lhe davam grandes hipóteses ou morreria ou ficaria o resto da vida numa cama sem se mexer.  Foram dias seguintes terríveis, perdi numa semana 5kg.
A minha mãe num destes primeiros dias tentou colocar a culpa do avc do meu pai em mim (por ter dito em novembro que iria sair de casa) se assim fosse não havia pais vivos ou de saúde para verem os filhos sair de casa, casar... agora já consigo falar com melhor discernimento porque já se passaram mais de um mês mas confesso que foram dias complicados, ainda hoje continua a ser o meu pai esteve 15 dias internado: perdeu a mobilidade de todo o lado esquerdo. Mas agora com fisioterapia já mexe um pouco com a perna e com o braço acredito que irá recuperar talvez 100% não, mas há-se recuperar o máximo possível. Cá em casa mal se dorme, ( o meu pai depende de nós para tudo, esta constantemente a chamar para isso e para aquilo).

A vida esta sempre a pregarmos rasteiras levei tanto tempo a ganhar coragem que quando a tomo o meu pai precisa de ajuda não tenho coragem de o deixar numa situação destas... Oh vida para quê nasci!!!




quinta-feira, 19 de maio de 2016

Como dizer...

Bem tem de ser tudo uma complicação, decidi em conjunto com o namorado que este ano seria o ano em que iríamos viver juntos, em Setembro.
Sempre falamos sobre isso mas eu nunca tive tanta certeza de que este ano sim como agora, até escolhi a data (20 de Setembro) se é o que quero, queremos devia estar radiante... mas estou em pânico para contar aos meus pais não sei qual será a reação (a avaliar por atitudes e comportamentos em assuntos simples então neste caso até me custa imaginar)

Há dias contei à mana, a 1ª reação foi de espanto acho que não me levou a sério; hoje voltei a falar-lhe sobre o assunto: "não tenho pachorra" disse ela de repente "não acreditas, mas vais ver, eu vou contar aos pais estou só a ver qual a melhor altura, não vou dizer assim do nada" disse-lhe à qual ela me respondeu: " mas a respeito?!" eu respondi "já deveriam estar a contar já lá vão 12 anos já deviam estar mais do que preparados" ela calou-se ficou um silencio ensurdecedor. A avaliar pela reação dela nem quero imaginar a dos meus pais, se vos disser que já nem consigo dormir em condições vai parecer exagero mas é a realidade, eu sou bastante ansiosa  o que torna tudo mais difícil.

Podia esperar para contar junto com o namorado, mas acho que se for eu a contar primeiro para se irem habituando à ideia será melhor do que o namorado chegar e dizer olhe vamos casar (por civil) em setembro.

Não sei mesmo como será, mas assim que houver novidades venho cá contar como sempre.

Façam figas!!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Sinto-me...

   Voltei a sentir necessidade de escrever aqui como forma de desabafo, fiz uma pausa porque como tinha contado relembrar certas atitudes e acontecimentos estava a fazer-me mal e deixar-me cada vez mais deprimida em vez de ajudar que seria este o objetivo. Já se passou algum tempo mas pouco mudou, estou complemente perdida e sem forças de mudar. Eu sei que a mudança tem de vir de mim tem de ser eu a dizer BASTA  e seguir em frente, mas como diz a letra da música: "parece que o mundo inteiro se unir para me tramar", mas eu não sou vitima e não quero que me vejam como tal porque se ainda estou NESTA SITUAÇÃO A MIM O DEVO, É MINHA CULPA!

  Ainda cá em casa continuo, estava tudo pensado para ser a saída este ano iria viver com o namorado mas será que será mesmo?! Olho à minha volta e não vejo ninguém sinto-me completamente sozinha e perdida.

  Há certas atitudes dele que não gosto, (acho que todos os casais passam por isso), eu acho que quase todas as mulheres sonham com o namorado/marido que se preocupe que mostre que somos importantes para eles que sentem a nossa falta e NÃO gostamos de nos sentirmos a mais e sermos constantemente postas de parte se há algo de maior interesse. ATENÇÃO não quero que pensem mal dele, ele ajudou-me muito e agradeço-lhe imenso ter me aturado tantos anos, MAS falta-lhe amadurecer, falta-lhe aperceber-se que tem uma namorada que precisa de "colo" que no dia que esta mais calada é quando mais precisa que ele fale, mais precisa de um abraço e é nisso que ELE falha, por exemplo se ele cá chegar a casa e eu estiver calada/chateada mesmo que não seja com ele, ele amua como as crianças, deixa de falar NÃO percebe que preciso dele, se lhe digo que não quero falar É QUANDO MAIS preciso, mas não ele deixa de falar até ser eu a ter de ligar, insistir até falar e ficar todo normal, estou cansada.
Estamos sem falar desde 2ª feira, eu disse no meio de uma discussão não quero mais falar contigo até hoje NADA silencio total nem se dá ao trabalho de se manifestar fica amuado à espera que seja EU pela MILÉSSIMA VEZ A ligar.
A culpa é minha porque foram-se passando os anos e ele habitou-se a ser EU sempre a dar o "braço a torcer" sente-se seguro e acha que já não precisa agradar ( o mal de muito homem).

  Eu nem sei bem explicar o que sinto; cá em casa sou sempre a ultima a saber de tudo parece que só falam quando não estou por perto, o namorado esqueceu-se do romantismo que nós mulheres gostamos, afinal qual é mesmo o meu caminho, será que faço realmente falta?
Continuo com as peças na página ( o que adoro, dá-me mesmo imenso prazer, gosto de sentir-me útil e rodeada de peças sinto-me realizada). Já sai do outro trabalho à quase 2 anos e nos últimos meses que lá estive apanhei uma tendinite num ombro que até hoje continua e teima em não passar. Já não aguento dores (o médico receitou uma injeção que só pode ser tomada de 3 em 3 meses para desinflamar os músculos fez ontem uma semana que a tomei e já começo a sentir algum alivio vamos ver por quanto tempo é que apesar de não estar bem psicologicamente esta dor física não tem ajudado em nada.  

 Ontem vi na tv uma reportagem que me chamou a atenção e pensei quem me dera também ir, vi uma rapariga portuguesa que anda pelos países a ajudar os refugiados juro que ando a ouvi pensei automaticamente gostava de ter coragem de também ir se calhar o meu caminho é mesmo longe daqui por isso é que não me ando a encontrar por aqui.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Manipulação


Encontrei este texto por acaso numa pesquisa e não é que se enquadra na perfeição ao que ando a tentar descrever sobre a minha mãe. Vou sublinhar as que mais se adequam:

Entenda as características de uma personalidade manipuladora.
 Elas não são óbvias porque essas pessoas agem em silêncio ao construírem um muro de obrigações que temos para com elas. Esse muro acaba fazendo com que você se sinta pressionado e obrigado a continuar agindo dessa maneira por elas, mesmo que no fundo você fique se perguntando como a coisa chegou a esse ponto. Algumas das características de uma personalidade manipuladora incluem:
  • O mártir. A pessoa com esse tipo de personalidade age como se ele ou ela fossem muito legais com os outros, mas na verdade estão misturando consideração com a necessidade de serem importantes para você. Quando agem assim, eles fazem coisas pelos outros que ninguém pediu ou quis que fizessem, mas assim eles garantem uma ligação com o “favorecido”. Fazendo esse “favor” para você, eles esperam que você dê algo em troca. Outra coisa que eles costumam fazer é jogar na sua cara tudo o que já fizeram por você e quando terão o retorno para tanta “boa vontade”...
Já tinha percebido que ela fazia jogos psicológicos (muito bem conseguidos, digamos) que me sinto completamente inútil e sem força de lutar por aquilo que acredito e quero, SAIR DAQUI!!!

Preciso de coragem e esta perdi à muitos anos, quando ainda era criança (se é que já deixei de o ser, não sei não, sou tratada como tal, acho que nunca cresci ainda e preciso urgentemente disso).


 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Já nem sei mais por onde ir....

Já há algum tempo que por aqui não passo, como vos tinha dito, o relembrar coisas do passado, estava a deixar-me deprimida, e decidi parar.

Agarrei-me com todas as minhas forças ao artesanato, o meu refugio e tentei seguir em frente. Tantas coisas se passaram, mas continuo sempre aqui, cá em casa, o que por si só já não é uma boa noticia, já deveria ter ganho coragem de sair. Sinto-me pressa, sinto-me atormentada e completamente manipulada. Eu juro que quero sair daqui, juro que quero mesmo ir viver, ser mãe de verdade, ser livre, feliz.

A minha mãe, infelizmente continua o mais egoísta possível parece uma criança em corpo de mulher. (Tenho pena de escrever isso) mas é a pura da verdade.

À uns dias atrás numa conversa à mesa, eu disse aos meus pais:

" Eu juro que não vos percebo, eu ouço os outros filhos a falarem dos pais, e dizem a minha mãe faz isso e aquilo por mim, os outros pais querem o bem para os filhos, mesmo que este bem seja um futuro melhor do que o dos pais, todos os pais querem os filhos felizes. Todos os pais amam os filhos incondicionalmente. Aqui não vejo inveja, egoísmo. Dizes que dizes nas costas e eu já aguento isso".

Sabem a resposta:

 - Vou-me embora daqui, eu não quero estar aqui. diz a senhora minha mãe. Berra, grita, tenta manipular a minha mãe e o meu pai contra mim. (E depois como posso pensar que não se trata de uma criança?!)

Pelo Carnaval, voltei a ter mais um ataque de pânico  ou de ansiedade (o 2º em espaço de meses, nunca tinha sentido nada tão horrível) porque ela lembrou-se de partir tudo o que lhe aparecia à frente, e berrava.) O meu grave defeito não consigo ficar calada ela falava eu respondia, até ficar com falta de ar  não me recordar de mais nada  a seguir.

Volto a realçar, NÃO SEI MESMO O QUE AINDA FAÇO AQUI!!!


quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Sou filha mas sinto-me a mãe...

É mesmo assim que me sinto, sendo filha sinto-me a mãe dos meus pais. Eles massacraram-me tanto com o facto de eu ir trabalhar que me sinto culpada, que me sinto responsável por eles.
 
A minha mãe no dia 21 de Setembro deste ano fez um dos seus "filmes" que tive um ataque de pânico no meio de uma enorme discussão, mais uma...
 
A máquina de café avariou, eles não compram outra, parece que ficam à minha espera, dizem "não temos dinheiro..."
 
Acontece isso ou aquilo nada fazem ficam sempre à espera que seja eu a resolver tudo, como se eu tivesse ganho o euromilhões, ou como se eu por vezes me senti-se com forças de seja o que for.
 
Já nem no artesanato me consigo "agarrar" quem acompanha a página já deve ter reparado que a página anda mais parada, eu estou novamente com o pensamento: Nada faço aqui, não mereço viver, não faço cá falta... São estas as palavras que me lembro constantemente, sinceramente não sei se vou aguentar muito mais tempo isso.
 
Eu faço apenas um pequeno resumo do que se passa, prefiro não entrar em pormenores desta discussão que vos falei no inicio da publicação, e ainda não tive coragem de vos contar porque me sinto culpada, talvez um dia, se eu sair deste buraco negro onde estou neste momento.
 
Até um dia.

sexta-feira, 13 de setembro de 2013


Ter pais para que? Se quando preciso de um ombro amigo, eles não estão lá, se quando preciso de uma palavra de coragem, de incentivo recebo precisamente o contrário, se quando queria apenas ouvir fizeste bem feito, fizeste bem, ou mesmo não deverias ter feito assim, mas que explicassem de forma a eu entender o porque?! Ter pais apenas para me “cortarem as asas”, ter pais apenas para verem sempre o meu lado negativo, ou o lado negativo da vida e fazer-me afundar deste lado, não obrigada. O meu pai bem sei que não é bem assim, sei bem que é “uma vitima” no meio disso tudo, sei bem que também ele, pensa em suicídio tantas ou mais vezes do que eu, sei que o problema esta e sempre esteve apenas na família maternal, avós e mãe, juntos não há quem aguente.