terça-feira, 29 de maio de 2012

Desiludida comigo

Sinto-me desanimada, voltei a ir abaixo, e a sentir a vontade de desaparecer... No passado fim de semana, por cá foi as festividades em louvor do Espírito Santo, fui, mas senti-me muito mal, apercebi-me de que não tenho amigos, apercebido que se eu morre-se iria apenas ao meu funeral os meus pais, avós, namorado e os pais dele. Eu sei que se estou 24horas fechada num quarto, claro que as pessoas a quem falava não iam continuar à minha espera, se calhar nunca amigas foram na verdade, mas ver as pessoas com quem desabafava, em criança brincava passarem por mim como se eu fosse uma estranha, voltou a fazer-me sentir uma inútil e a sentir que não faço cá falta. Para piorar hoje fui à entrevista de emprego, preparei-me tanto, mas cheguei lá com os nervos todos à flor da pele que mal conseguia falar. Sempre respondi ao que me foi perguntado mas não acredito que tenha corrido bem, sinto-me pessimamente hoje. Queria tanto que tudo fosse diferente...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Entrevista de emprego

Entrevistas de empregos, é algo tão comum, nos tempos que correm um momento tão esperado. É verdade mas para mim é um verdadeiro tormento. Quero tanto conseguir...
Vou à uns meses fazer uma prova de conhecimento, e hoje recebi um mail a marcar entrevista para daqui a uma semana, pois bem tenho o coração acelaradíssimo...
Contei aos meus pais, como já referi para sair de casa além de ter de levar sempre alguém comigo (como se ainda fosse uma criança de colo) tenho de explicar bem para onde é para ir, e quase implorar...
Só lhes disse: " passei na prova, fui chamada para entrevista" toda contente e eles com aquela cara de desagrado: " quando é". sabem que mais o que eles pensam ou deixam de pensar pouco me importa. Decidi e já com uns anos de atraso, que digam o que disserem eu vou fazer o que acho que está certo para mim. Ainda continuo aqui porque o meu "anjo da guarda" infelizmente está em risco de perder o emprego, o que parece-me mesmo azar.

Eu fico sempre com muito medo das entrevistas, e demonstro muito nervosismo, acho que por isso ainda nunca consegui trabalho. Alguém tem sugestões para me acalmar e fazer as coisas certas?!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O tempo...

Acordo sempre a pensar "com o tempo" eles vão perceber e vai tudo melhorar, mas a verdade é que já ando nisso à alguns anos.

Hoje estou mesmo naqueles dias de nostalgia, de vazio. Eu sei que  tem de vir de mim a vontade de vencer, de lutar, mas tem dias, momentos que não encontro esta força, tem dias que não me apetece lutar.
Hoje tento lembrar-me de bons momentos, e os maus insistem em serem relembrados, recebo uma boa noticia, vem outra má para me voltar a colocar em baixo.  Eu sei e todos nós sabemos que a vida tem altos e baixos, que num dia tudo corre bem, noutro tudo corre mal, é normal faz parte do crescimento humano. Mas eu já fui tanto massacrada pela vida que a mais simples coisas se torna para mim num tormento.

Lembrei-me de um episódio que me aconteceu já em adulta, já namorada e não assim à muitos anos, na época em que os meus pais estavam sempre em casa e eu para sair tinha de ser com os meus avós sai, para assistir ao teatro popular que cá na minha zona há todos os anos numa época especifica, cheguei a casa e a minha mãe como não tinha ido começou a implicar comigo, eu comecei a responder, porque não fazia sentido, o meu pai bateu-me tanto, tanto, que fiquei cheia de nódoas negras. No dia seguinte nas aulas para fazer educação física, tinha vergonha de me despir em frente ás minhas colegas, mas lá teve de ser, uma viu e fui contar ao professor, não é que o prfessor me chamou e perguntou se era vitima de violencia doméstica e eu disse que não, ele insistiu e disse que se volta-se a aparecer com nodeas negras fazia queixa, o sucedido não voltou a acontecer. Na verdade a violencia fisica cá em casa só mesmo em casos pontuais, agora os psicológicos são os que ainda hoje me atormentam.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Serei estranha dentro de casa?!

Vivo numa casa com mais 3 pessoas(os meus pais e a minha irmã) mas é como se vivesse em casa com estranhos, nunca me contam nada, sou sempre a última a saber de tudo, ainda agora, eles estavam a conversar, apareci calam-se.
Estes episódios são uma constante, nunca percebi o porque, nunca dei razões para não confiarem em mim, até pelo contrário sempre os defendi de tudo e todos com "unhas e dentes". Provavelmente deve-se ao facto de não concordar os as atitudes deles, e de os fazer ver isso, mas isso não justifica ser tratada como um entroso.

Infelizmente sempre tive a sensação de estar cá em casa a mais, parece que "ocupo" muito espaço... Como já referi faço artesanato e tenho muitos materiais, sempre que chegava algo a casa ouvia sempre passado uns minutos: "não sei onde arrumar tanta coisa cá em casa", " esta casa esta uma vergonha com tanta coisa, mal nos mexemos", o ano passado para resolver este " probleminha" construi um anexo para ficar como atelier, agora sim guardo as minhas coisas num lugar só meu... mas sabem se não "abro os olhos" o anexo estava quase cheio de coisas deles, agora já não era muita coisa...
O meu namorado oferece-me roupa, sempre que ele me dá alguma coisa lá vem a mesma conversa" os armários estão tão cheios..." não temos onde arrumar roupa".

Digam-me lá uma coisa que não entendo, se estou a mais, então porque não me deixam ser livre e voar?!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Namorado, ou anjo da guarda?!

Nem sei por onde começar, sobre o meu namorado podia contar tanto, que nem sei bem o que dizer.
Namoro à 8 anos com ele, já passamos muitos bons momentos juntos, recordações com ele?!Boas, muito boas...
Quando ainda estudava, tinhamos mais "privacidade" ele na época já trabalha e fazia-me supresas, faltei muito às aulas para estar com ele, mas sabem não me arrependo em nada... O nossso 1º dia de São Valentim foi mesmo especial.
Sair sozinhos, como já tinha dito, é impossivel os meus pais dizem " só depois de casados, ai sim saiem e fazem o que quiserem..." como se o mundo tivesse ainda parado na idade das cavernas.
Eu agradeço imenso a sorte que tive em arranjar um namorado assim tão especial, sei que se fosse outro rapaz não aguentava tanta pressão, ser tratado como criança, sei que se com outro rapaz não podessemos sair, não estaria namorada mais de 1 semana.
Mas não, ele ao longe destes anos todos, de todos estes problemas, continua aqui, à minha espera e trata-me como uma princesa.
Estes últimos 3 meses, ele começou a ficar mais revoltado com os meus pais, começou a fazer-lhes "frente" mas viu que de nada adianta, eles dizem sempre o mesmo, então ele começou a insistir para me ir embora, sair de casa e ir viver com ele, o problema é que ele não tem um ordenado certo, não podemos "sobreviver" sem eu trabalhar, o que faço em artesanato ajuda-me muito mas não chega para estas despesas, então os pais deles, "convidaram-me" para ir para casa viver com eles, mas eu nunca vivi de "favores" preferia trabalhar, para não me sentir uma inútil lá também.

Os pais dele são mais "liberais" quando é pelo seu aniversário os pais  dele tem de nos acompanhar senão não podemos ir, e eles deixam-nos sair, estar sozinhos, coisa que com os meus pais é impensável, sei que lá estaria bem, e que seria mais fácil de arranjar trabalho porque teria mais facilidade de sair para procurar.

Mas como tenho "pavor" das pessoas, ir para uma casa sentir-me inútil não sei... e também porque para sair daqui tinha de "fugir" porque sem trabalhar e sem casar é impossivel, os meus pais nunca aceitariam: " vou-me embora viver para casa dos pais dele". Sinto uma confusão na minha cabeça...

O que é ser irmão afinal?

Irmãos... para mim ser irmão é ser amigo, companheiro, parceiro, ajudar e defender contra " tudo e contra todos..." tenho uma irmã de 22 anos, que perante toda esta situação nada faz nem para me ajudar, nem para se ajudar, sim porque passa-se exatamente o mesmo com ela, visto que também vive aqui...

Tenho fazer frente aos meus pais, mostrar que não esta certo as atitudes deles, mas ela em vez de me ajudar, fica do lado deles e contra mim.

Imaginem então o que lhes vai na cabeça, se a irmã não se queixa, esta bem, então o problema não é nosso mas sim dela que imagina coisas onde elas não existem.

Na semana passada a minha avó começou a insultar o meu pai, e eu não o admito, apensar de tudo são meus pais e não quero que nada de mal lhes aconteça, acho que se o amor não fala-se tão alto na minha vida seria bem mais fácil, a minha mãe em vez de defender o meu pai estava sempre a manda-lo calar, e a mim estava-ma a irritar confesso, a minha avõ qaundo se foi embora eu disse:
- "Então o que é isso, se casou com ele, tem de o defender com unhas e dentes, escolheu-o a ele e não aos pais, se fosse para defender os pais tinha la ficado em casa, não precisava ter casado".
Sabem o que aconteceu, a minha irmã começou a defender a minha mãe, porque ela começou a gritar que eu era isto e aquilo...

No fim de contas ainda os defendi e depois é que fiquei mal vista.

Será que recordar é mesmo viver?!

Quem não recorda a infância, quem não perde horas a olhar para o nada, pensado no que já passou?!

Da minha infância recordo bons momentos, mas também momentos que até hoje me acompanham com muita magoa.

Recordo-me dos bons momentos que passei em casa dos meus avós paternos, das longas horas de brincadeira com os primos, recordo-me também de brincar às donas de casa, à barbies com as amigas.

Mas lembro-me dos maus tratos do meu avô materno para com a minha avó materna, lembro-me de a minha mãe estar sempre a controlar os meus passos e da minha irmã, de controlar o que diziamos, faziamos, e sempre que não era do seu agrado lá vinha o tão famoso "aperto no braço", imaginem 2 crianças, sempre com pavor de levar apertos em público.

Lembro-me de quando estava no 4ª ano de escola vir a casa almoçar, a minha mãe tinha sopa de cenoura para comer, e eu fiz birra que não queria, ela bateu-me tanto, tanto, que fiquei deitada no chão com ela com os pés em cima da minha barriga (ainda hoje sempre que me apresentam um prato com sopa recordo-me deste episódio).

Quando era criança os meus pais não saiam de casa, saia sempre com os meus avós maternos, neste dia saimos com os cunhados do meu avô, para passear e aproveitaram para comer um gelado, a mim não me apetecia, como sou muito friorenta, gelados não é algo que me atraia muito, eles obrigaram-me a comer, era eu a dizer que não queria e eles sempre a insistir, o meu avô ja me queria bater e eu com medo lá comi.

Infelizmente recordar a mim custa-me muito, é-de complicado contar sem uma lágrima não escorrer pela cara, tenho mais recordações mas vou contando aos poucos.