domingo, 9 de dezembro de 2012

Que raiva sinto em mim...

À tanto tempo não vos dava noticias, já tinha saudades de expressar sem medo de dizer o que sinto. Hoje sinto-me revoltada, sinto uma raiva que nem consigo controlar.
 
Ontem assinei o contrato no trabalho por 6 meses (o que começou por ser apenas 2 meses, já passou a 6 meses) estou super feliz. Estou a gostar de trabalhar, só que tenho tanto medo de errar que enervo-me e bloqueio, fico sem saber por vezes o que fazer. Gostava também de ser mais divertida, falar mais, mas pareço uma tontinha, mal falo, pareço que tenho medo de tudo.
 
Cá em casa as coisas continuam na mesma, os meus pais sempre com os mesmos dramas, vejam só se faz sentido, ou sou eu que ando maluca. O mês passado aos finais de semana trabalhei sempre de tarde o que não dava para sair, ir às compras ( como íamos habitualmente e que tinha de ser pedido quase de joelhos para a minha mãe ir)a minha mãe massacrava "estamos presos" " ai que não saímos" este mês, hoje inclusive trabalhei de manha queria sair, ir às compras a minha mãe não quis... O problema como já vos tinha contado é que nem ela vai nem deixa ir, lá fiquei eu em casa...
 
O meu anjo da guarda, as coisas estão terríveis também, hoje ontem e hoje nem falamos, ele tem uma do numa perna, veio a minha casa ontem, mas mal falada, chegou a casa e disse que hoje não vinha porque não estava para ficar sem andar só por vir aqui a casa, juro que julgava que estava só a brincar, só que não é o meu espanto hoje quando chego do trabalho e ele não estava.
 
Juro que já não percebo nada, só sei que já estou farta de tudo. Sabem queria ser independente, sair daqui e não depender de ninguém ser livre como um passaro, este é o meu sonho, espero um dia o realizar para bem da minha sanidade mental.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Será a vida complicada ou as pessoas?!

Esta quase a fazer 15 dias desde que comecei a trabalha, desde que me comecei a sentir útil. Estou feliz, tenho um medo infernal de errar que por vezes se torna prejudicar, ainda não me conseguir "mostrar" lido com muitas pessoas diariamente o que já não acontecia para ai uns sei 6anos desde que deixei o secundário, e ainda me custa falar com as pessoas, ainda tenho pânico.

Os meus pais é que juro que não os entendo, ainda há uns dias atrás eu disse que provavelmente o contrato se iria alongar por mais 6 meses, a minha família não reagiu, ficaram ainda mais mal humorados do que já estavam, eu há dias no meio de mais uma discussão disse a minha mãe: " mas afinal que pais são vocês, que família é esta, eu chego a casa a pesar que vos ia dar uma boa noticia e vocês mal reagem, não se mostram contentes, afinal que vocês queriam, que eu ficasse prisioneira em casa o resto da dia, só pode" mas sabem que mais ninguém me respondeu, com uma resposta plausível.
 
A minha irmã nem parece tem 23 anos, pois reage e fala como se tivesse 120 anos, tem uma mentalidade muito fechada, como os meus pais.
 
Os meus avós (estes ainda nem tive coragem para vos contar o que se passa com eles, pois é tão mau, que vão pensar que somos uma família de gente maluca, e se calhar até somos, eu é que não me apercebi disso, um dia com mais tempo conto o que se passa com os meus avós) andam todos contentes mas a querer controlar todos os meus passos, eu não tenho carta de condução e como o trabalho é por turnos e nem sempre coincide com os horários do autocarro, o meu avô é quem me vai levar e buscar ao trabalho, mas o cumulo é que ele depois de eu entrar ao serviço anda a vigiar-me na loja para trás e para a frente um bom bocado, à uns 2 dias atrás quando vinha pela loja para entrar ao serviço encontrei-o a vigiar as caixas e eu perguntei: "mas o que está aqui a fazer" ele nem me respondeu, juro que me sentir a pessoa mais ridícula do mundo, tenho 25 anos para que ele me fica a ver como se fosse uma criança que vai pela primeira vez à creche?! Meu Deus, que mundo é este, que pessoas são estas, onde me vim meter?!
 
A sério preciso de uma solução urgente, mas sair de casa parece que se torna uma possibilidade cada vez mais distante... o meu anjo da guarda trabalha, mas agora o patrão anda a atrasar nos ordenados... acho que o " mundo inteiro se uniu para me tramar....!"

terça-feira, 6 de novembro de 2012

“Ei, trata de ser feliz vai.”

Por acaso esta frase tem um pouco a ver comigo, quantas e quantas vezes vim aqui e disse  "não aguento mais", "eu não quero mais" "atingi o meu limite" e no entanto ainda cá continuo. A verdade é que tenho me tornado mais forte desde que comecei aqui a escrever, sei que muito se deve aos vossos comentários, aos mail's que tenho recebido para ter coragem e enfrentar. Sim eu tenho enfrentado e sinto-me mais forte.
 
Sei que muito se deve também a esta luz que apareceu  já eu estava no fundo do poço, o trabalho. Pedi tanto, queria tanto e ele não aparecia, fui desistindo, baixando os braços, perdendo as forças, e do nada, quando já ninguém esperava por um "milagre" ele surge.
 
Os meus pais e irmã estes não estão nem ai para a  minha felicidade, só criticam, desde que comecei a trabalhar eles mal me falam,  estão ainda mais mal encarados do que o habitual, mas eu estou bem, afinal é o que interessa. Mas custa muito chegar a casa ao final do dia e não ter com carinho, um momento de atenção para comigo, ou falam para me enervar ou então não falam.
 
Eu hoje dei por mim a perguntar, " O que eu ainda faço aqui, o que me prende aqui?!"
 
Eu já mencionei isso antes tenho medo porque o meu anjo da guarda tem assim uns momentos "menos bons" que me deixam receosa.
 
O importante e hoje esta publicação é para quem tal como eu se encontrava no desemprego e já sem soluções e a desesperar, quero deixar o meu testemunho de que quando menos se espera a vida muda, temos é de ser fortes e acreditar.
 
 

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Estou nervosa mas bem...

Há muito tempo que não me sentia assim, útil.
 
Ontem foi o tão esperado primeiro dia de trabalho, estava super nervosa, mas a rapariga que me ensinou deixou-me super à vontade, e até gostei.
 
Hoje o 2º dia além da excelente noticia que recebi que fiquei sem reacção, que nem obrigado disse à chefe, lapso meu.
 
Cheguei lá por volta das 2h entrei logo na sala onde a chefe estava perguntou o meu nome e eu disse, ela disse à então és tua que vais assinar contrato de 6 meses, eu fiquei branca, sem reacção, nem disse obrigada nem nada, fiquei ali parada, o que estava para ser apenas 2 meses, já esta em 8meses, é muito bom,
 
Depois fui para a caixa ainda com companhia, mas confesso que preferia não a ter dito, a srª de hoje nada tinha haver com a de ontem, é daquelas srª que está ao serviço desde que abriu, já sabe tudo, é arrogante e não gosta de ensinar. adita srª só bufava, só resmungava porque estava acostumada a fazer sempre que fica parada a olhar para mim é complicado, e bufava aos clientes só porque eu demorava um pouquito mais, enervei-me tanto que juro já nada corria bem. Parei um pouco, e pensei para com os meus botões: "tu consegues, se ontem conseguiste hoje é igual, mantém a tua postura e segue em frente" foi isso que fiz enquanto a srª resmungava e assoprava como se estivesse ali a fazer um frete terrível e fui fazendo aquilo que me tinham ensinado ontem, lá foi correndo. Ah já me esquecia a srº de 5 em 5 minutos me dizia o tempo que me faltava para sair (doida para me ver pelas costas). Quando terminou o meu turno a srª disse: "vai-te embora, se tiver quebra (algum erro) eu amanho falo contigo, eu disse "tudo bem, se houver algum problema diga-me não quero que ninguém seja prejudicada por uma falha minha, ate amanha e sai.
 
Amanha já começo em caixa sozinha, sei que vai custar mais os 1º dias, mas prefiro mil vezes a ter alguém sempre a deixar-me nervosa e a criticar mesmo quando deveria apenas estar calada se esta tudo certo. Claro que demoro mais um pouco do que ela, ela já lá esta à mais de 15 anos e eu comecei ontem, acho que um pouco de compreensão e respeito não lhe ficava nada mal ,mas pronto, sei de vou encontrar muitas pessoas assim.
 
Mas chego a casa toda contente para dar a noticia aos meus pais, não é que não gostaram nada, não mostraram agrado algum, julgo que não percebo, onde fica o apoio da família?! Onde fica ficar contente por ver os outros felizes?!
 
Eu não compreendo este mundo, juro que não, alguém por ai tem um manual de instruções para compreender humanos é que eu preciso com urgência...
 
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Senhor...

Estou tanto ansiosa, até me custa respirar, desde sábado que não consigo dormir.
 
A minha mãe para não variar não gostou muito da ideia, o que já seria de esperar, a minha avó que tem sempre de se meter em tudo nunca mais se calou, para eu fazer isso e aquilo. Agora imaginem uma pessoa já nervosa, com 2 pessoas sempre a massacrar é de ficar maluca.
 
Eu já deixei de fazer muita coisa por causa dos outros, desta vez, eu vou lutar com unhas e dentes e aproveitar cada segundo esta oportunidade que me apareceu quando já não acreditava em nada, quando já nada fazia sentido, é como se a minha vida tivesse ganho cor, uma cor que já não a via a muitos anos.
 
O meu "anjo da guarda" ficou contente com a noticia, apesar de deixarmos de nos ver como dantes, porque ele trabalha e só nos víamos ao final de semana (porque os meus pais são da idade da pedra como sabem) só nos podemos ver ou em casa ou com "a tropa" toda atrás, o horário de trabalho é quase nas horas que nos víamos, ele apoiou, sei que ficou triste mas não demonstra porque sabe que é o que eu sempre quis, trabalhar, ser útil. a minha mãe e a minha avó,estas não, estão sempre mais preocupadas com o seu umbigo que nem percebem o que se passa com os outros à sua volta.
 
Queria apenas um pouco de apoio,nem que fosse em não estarem sempre a falar no mesmo, para eu me acalmar, mas não insistem em falar sempre no mesmo, e eu vou ficando " massacrada" como sempre.

Senhor, dá-me força, para seguir em frente, enche o meu ser de força para que ninguém estrague este momento.
 

domingo, 28 de outubro de 2012

Consegui

Hoje venho contar-vos uma boa noticia, acho que alguns de vós já saberão de que se trata, sim é verdade consegui o emprego, começo a 1 de Novembro, em part-time como operadora de caixa no Continente.
Para mim em regime de turnos, part-time devido ao artesanato é o ideal, é um dinheiro certo que sei que posso contar, o artesanato enche-me a arma, mas é muito instável.
 
Ontem a Srª telefonou-me de tarde a dizer que tinha sido escolhida para fazer parte da equipa e para eu aparecer lá às 5h30m para ir buscar a farda, assinar contrato (de 2 meses) mas depois das 8 que foram escolhidas 2 em Janeiro assinaram contrato de 3 vezes 6meses, quem sabe não tenho sorte e fico seleccionada também.
 
Estou é muito nervosa, não tenho experiência mesmo nenhuma e tenho medo se me engano com o dinheiro. Tenho uns nervos que nem imaginam, ontem ao sabe da noticia, fiquem sem reacção ao telefone, e quando desliguei entrei em pânico, tive de ser medicada. mas agora estou mais calma, vai correr bem... assim o espero, desejei tanto conseguir trabalho, qualquer um que tenho medo de falhar de desiludir.
 
 
 
 

 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Como me identifico

O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!
Florbela Espanca

Como me identifico.... sinto cada palavra exactamente como se fosse eu que as estivesse escrito, sou mesmo complicada, ou então diferente.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Hoje acredito...

Foi hoje a entrevista, hoje sim sinto que fiz um bom trabalho, as pessoas deixaram-me super à vontade, e deixaram falar, o que em outras entrevistas não o fizeram, começavam logo a apontar o dedo porque não tinha experiência, mas também não queriam saber o porque.
 
Hoje tudo foi diferente, fui mais descontraída o que ajudou bastante, contei o porque de não ter grande experiência dizendo " sabe eu sou daquelas pessoas que se "apega muito à pessoas e às coisas e por vezes me esqueço, deixo-me para 2º plano, eu enquanto tive idade para pertencer à OTL, andei sempre pela Junta de Freguesia, porque gostava, gostava do presidente, da funcionário, e eles pediam-me para lá ficar para fazer, férias, para estar lá para ajudar a funcionaria e eu fui sempre deixando as coisas correr, até ao dia que deixei de ter idade para frequentar, fui descartada e trocada por outra mais nova que faça o mesmo e pronto, comecei à procura de emprego quando já não havia quase empregos, quando a maior parte dos jovens estão desempregados.
 
Depois a entrevista fui correndo, achei que estava a gostar de mim, já quase no final é que me "espetei" numa pergunta, mas a senhora teve a simpatia de me explicar porque estava errada, eu pedi desculpa, disse que não fazia mas que aprendo depressa desta nunca mais me esqueço.
 
Depois uma das entrevistadora disse para outra: "que achas passamos-a para a próxima fase?" o que a outra respondeu que sim, fui para outra sala e assinei uma declaração onde dizia que nunca tinha estado efectivo em nenhuma empresa, ela tirou foto do meu B.I. E eu sai, mas voltei a pedi desculpa por ter errado na pergunta, (a pergunta até tem lógica mas eu caio sempre nas rasteiras) a Srª perguntou se eu estivesse atrasada para entrar ao serviço (ah já me esquecia, ou emprego é para operadora de caixa no Continente) e tivesse um srº com pressa à procura do acurar e não o encontrava o que eu fazia, eu disse que lhe explicava onde estava, e ela disse: "e se ele não soubesse na mesma",eu feita estúpida disse" mandava chamar alguém porque tinha de entrar ao serviço", pronto asneira mais uma vez. A srª disse logo não aqui o cliente está sempre 1º e o seu bem estar, o srº não sabia acompanhavas-o até onde estava o produto depois sim se ele não precisar de mais nada entras ao serviço.
 
Ao sair a srª disse não tem importância teres errado, quando antes de entrares "levas uma dose de informação que aprendes tudo".
 
Acham que vou ser chamada? Eu tenho esperança que simmmmmmmm!
 
Espero que esta seja a luz ao fundo do túnel que tanto espero!

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Será que é desta?

Bem hoje acordei com uma sensação muito estranha, um aperto no peito, daqueles que mal nos deixam respirar, sentia mais um vez que nada valia a pena, até que à poucos minutos recebi um telefonema, que me deixou sem palavras...
 
Uma de muitas entregas de curriculum entregues no mês de maio, hoje deu frutos, ligaram a marcar entrevista... Devem estar a pensar "oh grande coisa", mas para mim visto que não sou chamada assim para muitas entrevistas deu-me um novo folgo, um novo animo, é já amanha pela manha, espero que desta vez esteja mais clama e que corra melhor do que as outras que fiz.

Queria tanto conseguir emprego, que me enervo, entro em pânico e faço tudo mal.

A minha mãe então começou logo a colocar entraves, não tens carta de condução, trabalhas por turnos, trabalhas aos fins de semana e o " anjo da guarda" esta habituado a vir cá aos fins de semana.
 
Eu disse mas porque em vez de me apoiar, de deixa as coisas acontecer tem de ser sempre assim, tem sempre de colocar um travão, tem sempre de me enervar, tem sempre de ser do contra e nunca esta satisfeita com nada, eu vou, e depois logo se vê, quero mesmo trabalhar, será que não entende isso?!
 
Peço só que deita vez seja um virar da página, que seja um novo recomeço, que da próxima ver que vos venha cá contar algo, seja para vos dizer: " finalmente já trabalho".
 
Eu quero mesmo acreditar que sim, preciso acreditar.
 
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Hoje senti inveja....

É verdade, hoje senti inveja... de uma "amiga" coloco entre aspas porque já nem amigas somos, elas inseparáveis enquanto andávamos na escola, como irmãs, contávamos tudo uma à outra. Só que os anos foram passado e nós cada vez menos falando. Ela convidava-me para ir aqui ou ali mas os meus pais não me deixam ir a lado algum e não ia, fomos nos afastando até que hoje ao abrir a página de Facebook vi uma foto dela no dia do seu casamento, tão feliz que parecia estar, sim fiquei a saber hoje pelas fotos do Facebook, dai as aspas... nem sei o dia em que se casou.
 
Senti uma dor no peito, senti-me e sinto-me um monstro, em vez de ficar feliz por ela, a única coisa que pensei foi: "todos têm vida, todos são felizes menos eu"
 
Eu sei que não devia nem escrever isso, mas precisava mesmo contar, se calhar ninguém vai perceber, nem mesmo eu entendo esta minha atitude mas foi mesmo o que senti.
 
Fiquei triste por ela não me ter dito, pelo menos dito, e fiquei triste porque como disse todos fazem por serem felizes e eu nada faço para mudar, não estou bem mas deixo sempre as coisas manterem-s iguais... porque???

Até quando?

Estava com a rádio ligada e ouvi esta musica do boss ac, confesso que me arrepiei...

Alguém Me Ouviu

Boss AC

(Boss Ac)
Não me resta nada, sinto não ter forças para lutar
É como morrer de sede no meio do mar e afogar
Sinto-me isolado com tanta gente à minha volta
Vocês não ouvem o grito da minha revolta
Choro a rir, isto é mais forte do que pensei
Por dentro sou um mendigo que aparenta ser um rei
Não sei do que fujo, a esperança pouca me resta
É triste ser tão novo e já achar que a vida não presta
As pernas tremem, o tempo passa, sinto cansaço
O vento sopra, ao espelho vejo o fracasso
O dia amanhece, algo me diz para ter cuidado
Vagueio sem destino nem sei se estou acordado
O sorriso escasseia, hoje a tristeza é rainha
Não sei se a alma existe mas sei que alguém feriu a minha
Às vezes penso se algum dia serei feliz
 
É assim que me sinto, como pode uma musica descrever tão bem o meu sentir, sinto-me o meu pior inimigo, sinto-me perdida, porque me sinto assim?!

(Boss Ac)
Não há dia que não pergunte a Deus porque nasci
Eu não pedi, alguém me diga o que faço aqui
Se dependesse de mim teria ficado onde estava
Onde não pensava, não existia e não chorava
Prisioneiro de mim próprio, o meu pior inimigo
Às vezes penso que passo tempo demais comigo
Olho para os lados, não vejo ninguém para me ajudar
Um ombro para me apoiar, um sorriso para me animar
Quem sou eu? Para onde vou? De onde vim?
Alguém me diga, porque, me sinto assim?
Sinto que a culpa é minha mas não sei bem porquê
Sinto lágrimas nos meus olhos mas ninguém as vê
Estou farto de mim, farto daquilo que sou, farto daquilo que penso
Mostrem-me a saída deste abismo imenso
Pergunto-me se algum dia serei feliz

A cada nova palavra do cantor sinto as lágrimas a cair sem parar, sinto como se fosse a minha cabeça a falar e não a música na rádio.

(Boss AC)
Tento não me ir abaixo mas não sou de ferro
Quando penso que tudo vai passar
Parece que mais me enterro
Sinto uma nuvem cinzenta que me acompanha onde estiver
E penso para mim mesmo será que Deus me quer
Será a vida apenas uma corrida prá morte
Cada um com a sua sina, cada um com a sua sorte
Não peço muito, não peço mais do que tenho direito
Olho para trás e analiso tudo o que tenho feito
E mesmo quando errei foi a tentar fazer o bem
Não sei o que é o ódio, não desejo mal a ninguém
Vai surgir um raio de luz no meio da porcaria
Porque até um relógio parado está certo duas vezes por dia
Vou-me aguentando
A esperança é a última a morrer
Neste jogo incerto o resultado não posso prever
E quando penso em desistir por me sentir infeliz
Oiço uma voz dentro de mim que me diz
Mantem-te firme

Até quando me vou conseguir "manter firme"?!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Trabalhos onde andam?!

Empregos não há?! Eu não os encontro, à dias recebi uma carta do centro de emprego, lá fui eu a pensar “vai ser desta” mas não era apenas para dizer o que todos já sabemos, há muitos inscritos no centro de emprego que está difícil e blá blá blá e para dizer que tinha de me inscrever para um curso profissional “ publicidade e marketing” com duração de 1 ano com direito a estágio no final, ai sim fiquei contente não era trabalho mas já me abria portas para o mercado de trabalho no final do curso, eu tenho o 12º ano mas não tenho formação em nenhuma área e o curso seria ótimo, inscrevi-me passado uns dias, fiz a entrevista, depois os testes e fui chamada na passada 5ª feira para começar nas aulas, o problema é que fica a quase 30 km de casa e teria de pagar autocarro e alimentação que no final do mês me iria custar cerca de 220€, eles pagavam apenas os materiais escolares, fiquei sem chão confesso. Era-me impossível frequentar a escola, não iria conseguir manter a página de artesanato durante um ano e sem o dinheiro que consigo por mês como me iria manter na escola, (as aulas começavam às 8h da manha teria de sair 1h e 30minutos mais cedo de casa e chegava perto das 19h 30minutos a casa)?! Tive de desistir com muita pena minha.

Então peguei em currículos, fiz-me à estrada, entreguei em todas as empresas, lojas, que fui encontrado numa ilha que nem é assim tão grande, até hoje nem uma resposta positiva, é desesperante. Não sei mais o que possa fazer, juro… ainda há pessoas que dizem “há trabalho quantos queira, não querem é trabalhar”, eu quero muito, quero mesmo muito e não encontro nada até para limpezas já me inscrevi e nada. Se não fosse o artesanato eu não sei o que seria de mim, os meus pais dão-me comida e roupa lavada, mas mais não dão nem nunca deram, os meus pais nunca me compraram roupa, nunca lhes pedi nada, se me visse a ter de lhes pedi da forma como a minha mãe é, devia ser uma coisa difícil de suportar.

Não ele não é um monstro

Da última vez que escrevi estava muito revoltada e escrevi de forma aparecer que todos à minha volta eram monstros, este blog serve para desabafar e não quero denegrir a imagem de ninguém, apenas escrevo o que me vai na alma, tudo o que escrevi foi sincero, mas o que escrevi sobre o meu anjo da guarda embora seja verdade, não creio que tenha sido justa. Vou explicar porque: eu não lhe posso dizer que gosto de nada, senão ele compra logo, no inicio do namoro, falava-lhe sobre roupa e no dia em que nos víamos lá vinha ele cheio de sacos com tudo o que tinha dito que gostava, até em materiais para artesanato comecei e cheguei onde cheguei porque ele me comprou muitos materiais, senão nunca tinha conseguido, porque não tinha dinheiro para investir em materiais. Ele desde que comecei a ter mais dinheiro abusa, sim é verdade, irrita-me muito quando ele fala como se fosse eu que tivesse de sustentar uma vida sozinha, quando somos 2 pessoas a “remar para o mesmo barco” sim é verdade, mas não quero que pensem que ele é um monstro porque não o é.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Não sou mãe de ninguem!!

Voltando à história do casamento, lembram-se de eu ter dito que ele queria casar mas que eu tinha de guardar dinheiro?! Pois bem, este mês veio ele com uma novidade diferente: “Tenho uma multa de 464€ mas não tenho dinheiro podes-ma pagar?!” Eu confesso que o meu coração acelerou e pensei para com os meus botões: “ Ele trabalha, e não tem dinheiro para pagar como eu que não trabalho, não tenho um ordenado certo é que vou ter?!, como ele quer que seja eu aguardar dinheiro para um casamento se depois me manda pagar uma multa?!” Como o amo e não queria que ele fosse preso (porque a multa era da arma ele tem licença e porte de arma, mas a médica atrasou-se a fazer a declaração e quem teve de pagar foi ele, neste caso eu, lá paguei, acabei de a transferir, sabem o que fez?! Nada, nem obrigado, fiquei praticamente com a conta a zeros, com materiais para comprar, encomendas para sair e teria de pagar as despesas de envio, confesso que desesperei… Uma coisa que eu odeio, é emprestar dinheiro, odeio mesmo, os meus pais nunca me compraram nada, quando andava na escola o que eles me davam para almoçar eu não comia e guardava para quando quisesse comprar alguma coisa, nunca pedi nada a ninguém, e não consigo lidar bem com aquelas pessoas que mesmo tendo dinheiro pedem sempre, parece vicio. Domingo passado, aconteceu algo parecido, estamos a colecionar uns cromo de um caderneta que cá há, ele chegou cá com uma mão cheia deles, mas disse eu não paguei, quando sairmos ele também vai lá estar, leva mais e pagamos (mal pensava eu, que seria eu a pagar) chegamos ao destino e lá veio o senhor dos cromos com mais… ele disse já pagaste?” ele disse, não, não tenho troco!!! “ E eu disse “então tivesses ido trocar dinheiro para lhe pagar” como o Senhor estava à espera e ficava feio voltar a não pagar lá paguei eu, e comprei mais uns quantos, depois apareceu uns miúdos com mais, mas eu disse “não tenho dinheiro trocado” o meu pai disse” eu tenho compra lá mais, “ eu comprei o que ele tinha de trocos em cromos” quando já não tinha mais dinheiro trocado eu disse” compro mais da próxima vez” e o meu anjo da guarda disse “eu tenho mais dinheiro aqui”, juro que me passei… Disse então se tinhas porque me fizeste gastar o dinheiro todo que tinha e ainda me fizeste pedir a meu pai?! Ele disse “ah não me lembrei” e eu disse” não te lembraste não, estas é habituado é a meter-te nas coisas, nos sarilhos e eu é que fico atras a resolver-te, não sou tua mãe, não tenho filhos, e não te estou para sustentar, trabalhas tens um ordenado, então arranjas-te com o que tens e deixa o meu dinheiro em paz, se eu não te peço nada, o que te digo para comprares pago-te, então enquanto não formos casados é assim, amigos amigos, negócios à parte” devo ter falado tão alto que quando acabei de falar estava tudo o olhar para mim, ele nem se mexeu mas também não estava com cara de muito preocupado. Eu amo-o muito, mas não vou sustentar ninguém temos pena, mas não sou mãe de ninguém.

Uma miséria de vida!

Já não cá vinha há algum tempo, muitos dias passaram mas na verdade tudo continua praticamente igual. Com as encomendas que tenho tido este mês não tenho tido muito tempo de vir cá escrever, o que é bom, gosto de estar ocupada assim não penso tanto no que se passa à minha volta, mas hoje sinto uma vontade enorme de escrever, às vezes dá-me para isso, escrevo horas e horas a fio e depois de me sentir mais “leve” rasgo e deito fora. Hoje faz 8 anos que começamos a namorar, e nem podemos estar juntos. Agora estou mais calma mas estive mesmo quase a terminar o namoro, acho que ele merece melhor, acho que lhe estou a “empatar a vida”, ele ama-me, eu sei disso, mas ele tem algo que por vezes me magoa, quando mais preciso de um abraço é quando ele não se apercebe. Por exemplo há dias numa daquelas saídas coletivas estava mesmo em baixo, não me apetecia falar com ninguém só me apetecia estar sozinha, precisava de um abraço, mas ele em vez disso, fez birra como as crianças (como eu não falada) ele também não falou, eu afastei-me mais e ele nem se importou nem veio ver o que se passava, é a única coisa nele que me irrita, se não estou bem ele em vez de se preocupar ainda me enerva mais fazendo birra, já lhe disse isso mas ele faz sempre o mesmo. Quanto aos meus pais, mantem-se tudo igual, a minha mãe continua com aquela mania de ser a “dona” do mundo e da vida dos outros é daquelas “ ou fazem como eu quero e digo ou então eu parto tudo”. O meu pai, agora descobriu no artesanato uma forma de se distrair, eu acho ótimo, se não fosse ele estar sempre a mexer-me nas minhas coisas (eu odeio), e estar sempre sentado no meu lugar, fiquei com as encomendas atrasadas porque sempre que vinha ao atelier já estava ele, e para não o estar sempre a mandar sair, fui deixado passar, até que chegou ao ponto de ter acumulado tudo. A minha irmã, bem esta então diz-me sempre que está farta, que já não aguenta, que é uma vergonha isso ou aquilo, mas depois na hora H, acham que ela faz frente?! Não, claro que não! E pronto a minha vida mantem-se na mesma, uma miséria!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Juntaram-se para me elouquecer

Tinha-vos dito que em Janeiro iria sair de casa, que iria casar ( pelo civil) e para mim nem isso era preciso, mas ao falar com o anjo da guarda, chegamos a "acordo" que assim seria. Só que agora ele vem-me com uma conversa um pouco estranha. - " não podes gastar mais dinheiro, tens de conseguir até Janeiro cerca de 3000mil euros." Disse ele. Supreendida perguntei: " Para quê isso tudo?" - "Para o casamento, ou julgas que casar é de graça" - " Que eu saiba casar pelo civil custa cerca de 100€, para que precisa o restante" - " Para o jantar convidar a familia, os amigos, casar é suposto ser uma vez na vida, tem de ser como dele ser", " Tens de arranjar, porque eu não posso, tenho a mukta da arma para pagar (ele tem licença e porte de arma, e a médica atrassou-se a passar um papel e ele é que tem de pagar a multa, deveria ser a medica), tenho o carro para levar à inspeção" Eu disse " este assunto nem tem lógica, em meses, o artesanato não é um ordenado certo a fim do mês, num mes pode dar muito como no outro, e que eu saiba não vou casar sozinha, se é os 2, tem de ser pelos 2." Sabem o que aconteceu?! Amuou. Tenho medo do que pode vir a acontecer, ele tem 30anos mas tem atitudes de criança,ele está habituado a fazer o que quer e bem lhe apetece sem dar justificações a ninguém, ele vive com os pais, mas é como se não vivesse, os pais não se metem. Tenho medo se depois não dá certo, e eu vou para onde?!

Confusão de novo

Sábado voltou a haver confusão, desta vez algo que já não acontecia há muitos anos, pelo menos algo assim tão intenso. Voltou a ser com a minha mãe. Logo pela manha estava tudo bem, até que eu disse “ tire a gata de cima da cadeira, ela está a prender as unhas na cadeira” a minha mãe começou a atirar tudo ao chão, sem razão. Eu disse: “passa-se ou quê, mãe anda a pedi-las, andas doida para ficar sozinha”. Ela começou logo aos gritos (para não variar) “vais- me bater, vais-me bater”, as lágrimas caíram-me logo, porque ela tinha acabado de fazer o mesmo que a minha avó há uns anos, também um dia no mesmo de uma discussão, em frente ao meu anjo da guarda, para me fazer de monstro disse” não me batas, não me batas outra vez” e eu nunca lhe toquei, nunca bati em ninguém, nem na minha irmã quanto mais em mãe ou avô, eu não sou um monstro, nem sou violenta, que eu fosse como querem fazer parecer, já há muito que não estava aqui, e nem me sentia um farrapo, estava-me pouco importando com eles e seria tudo mais fácil. Ela como continuava aos gritos o meu pai levantou-se e mando-a calar, ela começou a dizer também que ele a queria bater, que lhe ia dar um murro. Depois durante umas horas ela esteve calada, chegou o meu anjo da guarda e o namorado da minha irmã para sairmos (eu sou de uma Ilha em que tem uma tradição muito conhecida, que junta muitas pessoas, mas prefiro não a mencionar, dai estar frequentemente a dizer sairmos para aqui ou ali) foi ai que tudo piorou. O meu pai não queria ir, começou a dizer que não ia, a minha mãe a falar aos berros, e eles sem perceber o que se passava, a minha irmã tentou acalmar, as nada quanto mais se falava mais ela gritava, então eu levantei-me e fui à rua (sim ela gritava a altos berros na rua) “não quer ir não vamos, acabou-se este filme”, ou meu Deus, o que fui eu dizer, ela chamou-me tudo o mais alguma coisa. O meu pai lá fui, mas ela lá sempre a desaparecer, lá ia a minha irmã à procura dela, um verdadeiro terror, chegando a casa, lá começou tudo de novo. Eu confesso que estou a ficar maluca; já disse muita vez tenho 25 anos, mas se fizesse testes ao cérebro certamente já teria cerca de 60 anos. Estou cansada e já nem sei mais o que fazer.

Perdida

Vejo tudo à minha volta negro, um negro intenso, sinto-me perdida, já nada faz sentido. Queria tanto que este tormento passa-se, já nem o que parecia certo me esta a fazer sentido, nunca pensei tanto em desistir, desaparecer. Sinto que já nada aqui me pertence, e que já nada vale a pena. Tenho medo, muito medo do que pode vir a acontecer comigo, se partir só espero que descanse em paz.

domingo, 12 de agosto de 2012

"Sinto-me perdida no Oceano, sem vontade de remar"

É verdade, o titulo desta publicação por si já diz tudo. É como me sinto, e me tenho sentido ao longo de todos estes anos. Ontem cá em casa voltou a acontecer confusão. Saímos todos, só que a minha mãe é uma pessoa muito complicada, se esta em casa, ai que pena que não saímos, devíamos ir aqui ou ali, depois quando digo que preciso ir a algum lugar, ou quero sair (como sabem tenho de levar, os "seguranças" atras), ela nunca tem pachorra, quando chega ao destino está sempre a dizer: "Ai eu não posso", " não quero estar aqui" " não gosto de sair" e até muitas vezes chega a fazer que se sente mal só para chamar a atenção, ontem não foi exceção. Mas isso já é habitual, a confusão começou quando a casa chegamos, o meu pai sentiu-se mal e vomitou, várias vezes uma delas no chão do quarto porque não conseguiu chegar a tempo ao banheiro, a minha mãe em vez de se preocupar com ele, começou ainda a brigar porque tinha feito aquilo no chão, eu como não consigo estar calada, disse “ mas afinal isso ou que é, isso é o menos, o mais importante agora é que ele fique bom, o resto não tem importância alguma”, ela começou logo aos berros, “ ele esta assim por tua causa, se não pode sair não sai, não pode não pode” e eu disse: “ que eu saiba ninguém o obrigou a ir, foram porque quiseram, se não pode que fique em casa, ninguém vai amará-lo para ir obrigado” e ela o habitual quando fica sem argumentos “ eu vou-me embora, vou desaparecer, para ficarem bem à vontade” e eu respondi” eu é que já deveria ter ido embora, mas sou tola” e não respondi mais porque afinal de contas o meu pai precisava de atenção. Eu sei que aqui em casa não posso mais estar, se continuar aqui muito mais tempo vou ficar maluca, ou então acabo por “desistir” sei tudo isso, mas estou muito massacrada psicologicamente para conseguir lutar seja pelo que for, o problema já vem de muitos anos, vem de muito tempo, preciso de “organizar” a minha cabeça, preciso de ganhar força para lutar, mas infelizmente já nem vejo “luz ao final do túnel”. Eu sei que a força tem de ver de mim, mas não tenho força para remar. O meu anjo da guarda fala sempre em ir viver com ele para casa dos pais, mas os pais dele (a nada se comparam aos meus eu sei) mas são muito “apegados” ao dinheiro, eu não arranjo trabalho, muito provavelmente passado 2/3 meses o pai dele principalmente iria estar a “cobrar” a minha estadia, e para ser massacrada novamente eu não quero. Se em vez do meu anjo da guarda me convidar para irmos para casa dos pais, já me tivesse dito, vamos procurar casa, nem que seja um quarto, e vamos viver juntos, já teria ido há muito tempo. Eu hoje tive esta conversa com ele, e ele respondeu-me “ então vamos procurar casa, em Janeiro resolvemos isso”, será que aguento até lá?! Não sei….

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Sinto-me no fundo de um poço

Tudo voltou, sinto-me perdida, no fundo de um poço onde não tem mais ninguém comigo nem ninguém disposto a me ajudar a subi-lo. A minha vida tem sido uma luta constante para subi-lo, mas quando parece que tudo começa a fazer sentido, quando tudo parece ganhar cor, lá vem algum momento, alguém que me faz voltar ao fundo. Ontem foi mais um destas situações e para não variar a minha mãe é que teve de estar na origem e também para não variar o meu pai e a minha irmã depois ficar contra mim. Ontem era para irmos jantar a casa da avô do namorado da minha irmã, no dia anterior para era para irmos mas a minha irmã e o seu namorado mais uma vez não são pessoas de palavra, nem de emfrentar as situações e colocam as responsabilidades em mim e no meu anjo da guarda como ninguém disse nada não fomos, começou ai o problema a minha irmã começou a dizer que não quisermos ir mais nem sei o que, confesso que acho isso tudo uma desconsideração e uma falta de carater sem limites, então se ele é que é o neto não seria ele quem teria de convidar?! Algum dia eu ou o meu anjo da guarda iriamos-nos "ofercer" para lá ir jantar os 2 dias?! Alguém que me diga se sou eu que ando maluca... Mas ontem foi mais "bonito" tinhamos de lá estar em casa da avó do namorado da minha irmã por volta das 18h, eu começei a arranjar-me as 17h a minha mãe quando viu começu sem nenhum motivo a dizer: "Teu pai se fosse como eu, não iria" " Vamos obrigados" "Eu não vou" "Não me visto". Eu continuei a vestir-me normalmente, mas depois fiquei com fome e fui arranjar comida, mas como me queria arranjar levei a comida para o quarto lá começou a minha mãe" estas a comer aqui, vai ficar tudo sujo". Eu como não estava a perceber o porque de tal agressividade nem de tal situação, só disse " Eu como onde quiser, e se não quiserem ir não vão, ninguém vos obriga" Ai sim foi um Deus nos acuda!!! " Ela comecou a falar aos berros, fez birra como as crianças que não se vestia, já estva na hora de irmos e ela nada, até que meu pai (que também já se tinha " virado contra mim, e a minha irmazinha também) disse "não tenho pachora disso vou trocar de roupa", ai sim a minha mãe teve o que quis parou com a brira e lá se foi vestir mas sempre a falar aos britos, eu sentada de sofã, estava e lá fiquei, só pensava" Vai ser hoje que consigo sair desta casa de doidos, o meu anjo da guarda quando chegar e ela disser alguma coisa, eu só digo, nós não vamos a lado algum,eu vou com ele para casa da mãe" Mas nada disso, quando ele chegou a minha mãe fez como se nada tivesse acontecido, ela como se a paz e a harmonia por cá reina-se. E lá fomos nós, eu com uns nervos e uma vontade enorme de chorar e eles normais como se nada fosse. Cheguei a casa e nunca mais falei, hoje também não lhes dirijo a palavra. Hoje era para sairmos novamente, mas eu nem vou falar, mas eu sei que como não vou dizer vão brigar mas também se dizer para irmos vai acontecer o mesmo de ontem. Eu estou a ficar maluca, já não aguento mais.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tenho medo

Encontrei um poema, que infelizmente me descreve, gostava de poder mudar, de ter força para lutar pelos meus objetivos, pelos meus ideais. Vivo rodeada de pessoas que em vez de me ajudar, cada vez mais tentar que "enfie a cabeça na areia", quando começo a levantar a cabeça vem alguém e pronto, lá enterro-a outra vez: Tenho medo de me machucar por isso, não me atrevo a arriscar. Tenho medo de me envolver por isso, não me atrevo a te ter. Tenho medo de me iludir por isso, nem tento te conseguir. Tenho medo de me expor por isso, vivo sufocando o amor. Tenho medo de me apaixonar por isso, estou sempre a chorar. Tenho medo de querer por isso, nem quero mais te ver. Tenho medo de me abrir por isso, estou a ponto de explodir. Tenho medo de falar por isso, não consigo te escutar. Tenho medo de poder por isso, vivo a me esconder. Tenho medo de pedir por isso, estou sempre a fugir. Tenho medo de errar por isso, nem chego a lutar. Tenho medo de sofrer por isso, chego a te ofender. Tenho medo de sentir por isso, estou sempre a resistir. Tenho medo de mudar por isso, eu não posso confiar. Tenho medo de morrer por isso, não consigo ter você. Tenho medo de confundir por isso, eu não posso permitir. Tenho medo de decepcionar por isso, não consigo te agradar. Tenho medo de me encontrar por isso, não vou te procurar. Tenho medo de precisar por isso, eu não vou me entregar. Tenho medo de perder por isso, não consigo combater. Tenho medo de terminar por isso, nem chego a começar. Tenho medo de me apegar por isso, eu não posso te lembrar. Tenho medo de amar por isso, eu não posso nem sonhar. Tenho medo de vencer por isso, me contento em viver. Monique Frebell

terça-feira, 26 de junho de 2012

Sinto a vida a fugir-me entre os dedos

Não sei o que se passou com a publicação antiga que só apareceu o titulo, não faz mal escrevo neste de forma mais resumida. Andei ausente porque o escrever constantemente, recordando as más recordações não me estava a fazer nada bem, teve um dia que nem levantar da cama conseguia, então achei por bem parar. A situação de desemprego continua, entrego curriculos diariamente, vou às entrevistas ( nas entrevistas é uma tristeza, uma desgraça, entro na entrevista num estado de nervos, que nem pensar em condições consigo, tentei inscrever-me num estagio mas no centro de emprego insistem que é apenas para Portugal Continental, que a nível regional não é possível por enquanto. A nível familiar, a mesma desgraça, os pais não mudam, os avós continuam no massacre diário, a minha avô então nem vos conto, ninguém lhe pode dizer nada, se me rir estou a gozar dela, se me levanto quando ela chega é porque sou má educada, se ela der algo, leva anos a falar no mesmo. O problema maior agora é com o meu anjo da guarda, estou muito preocupada, ele anda estranho comigo, está agressivo, sai sozinho, já não o sinto o mesmo. O nosso namoro já dura à 8 anos, mas no inicio não começou da melhor forma, no inicio eu para ele, era apenas mais uma, namorávamos e ele saia com os amigos e se encontra-se alguma rapariga disponível nem se importava comigo. Sei que ele me ama, mas tenho medo que volte às velhas companhias e volte tudo a ser como dantes. Mais esta desilusão e sim seria o meu fim. Tenho tanto medo, chego a ter "medo do próprio medo". Que vai ser de mim, sinto que tenho a vida a passar-me ao lado, sinto um vazio tão grande.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Desiludida comigo

Sinto-me desanimada, voltei a ir abaixo, e a sentir a vontade de desaparecer... No passado fim de semana, por cá foi as festividades em louvor do Espírito Santo, fui, mas senti-me muito mal, apercebi-me de que não tenho amigos, apercebido que se eu morre-se iria apenas ao meu funeral os meus pais, avós, namorado e os pais dele. Eu sei que se estou 24horas fechada num quarto, claro que as pessoas a quem falava não iam continuar à minha espera, se calhar nunca amigas foram na verdade, mas ver as pessoas com quem desabafava, em criança brincava passarem por mim como se eu fosse uma estranha, voltou a fazer-me sentir uma inútil e a sentir que não faço cá falta. Para piorar hoje fui à entrevista de emprego, preparei-me tanto, mas cheguei lá com os nervos todos à flor da pele que mal conseguia falar. Sempre respondi ao que me foi perguntado mas não acredito que tenha corrido bem, sinto-me pessimamente hoje. Queria tanto que tudo fosse diferente...

terça-feira, 22 de maio de 2012

Entrevista de emprego

Entrevistas de empregos, é algo tão comum, nos tempos que correm um momento tão esperado. É verdade mas para mim é um verdadeiro tormento. Quero tanto conseguir...
Vou à uns meses fazer uma prova de conhecimento, e hoje recebi um mail a marcar entrevista para daqui a uma semana, pois bem tenho o coração acelaradíssimo...
Contei aos meus pais, como já referi para sair de casa além de ter de levar sempre alguém comigo (como se ainda fosse uma criança de colo) tenho de explicar bem para onde é para ir, e quase implorar...
Só lhes disse: " passei na prova, fui chamada para entrevista" toda contente e eles com aquela cara de desagrado: " quando é". sabem que mais o que eles pensam ou deixam de pensar pouco me importa. Decidi e já com uns anos de atraso, que digam o que disserem eu vou fazer o que acho que está certo para mim. Ainda continuo aqui porque o meu "anjo da guarda" infelizmente está em risco de perder o emprego, o que parece-me mesmo azar.

Eu fico sempre com muito medo das entrevistas, e demonstro muito nervosismo, acho que por isso ainda nunca consegui trabalho. Alguém tem sugestões para me acalmar e fazer as coisas certas?!

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O tempo...

Acordo sempre a pensar "com o tempo" eles vão perceber e vai tudo melhorar, mas a verdade é que já ando nisso à alguns anos.

Hoje estou mesmo naqueles dias de nostalgia, de vazio. Eu sei que  tem de vir de mim a vontade de vencer, de lutar, mas tem dias, momentos que não encontro esta força, tem dias que não me apetece lutar.
Hoje tento lembrar-me de bons momentos, e os maus insistem em serem relembrados, recebo uma boa noticia, vem outra má para me voltar a colocar em baixo.  Eu sei e todos nós sabemos que a vida tem altos e baixos, que num dia tudo corre bem, noutro tudo corre mal, é normal faz parte do crescimento humano. Mas eu já fui tanto massacrada pela vida que a mais simples coisas se torna para mim num tormento.

Lembrei-me de um episódio que me aconteceu já em adulta, já namorada e não assim à muitos anos, na época em que os meus pais estavam sempre em casa e eu para sair tinha de ser com os meus avós sai, para assistir ao teatro popular que cá na minha zona há todos os anos numa época especifica, cheguei a casa e a minha mãe como não tinha ido começou a implicar comigo, eu comecei a responder, porque não fazia sentido, o meu pai bateu-me tanto, tanto, que fiquei cheia de nódoas negras. No dia seguinte nas aulas para fazer educação física, tinha vergonha de me despir em frente ás minhas colegas, mas lá teve de ser, uma viu e fui contar ao professor, não é que o prfessor me chamou e perguntou se era vitima de violencia doméstica e eu disse que não, ele insistiu e disse que se volta-se a aparecer com nodeas negras fazia queixa, o sucedido não voltou a acontecer. Na verdade a violencia fisica cá em casa só mesmo em casos pontuais, agora os psicológicos são os que ainda hoje me atormentam.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Serei estranha dentro de casa?!

Vivo numa casa com mais 3 pessoas(os meus pais e a minha irmã) mas é como se vivesse em casa com estranhos, nunca me contam nada, sou sempre a última a saber de tudo, ainda agora, eles estavam a conversar, apareci calam-se.
Estes episódios são uma constante, nunca percebi o porque, nunca dei razões para não confiarem em mim, até pelo contrário sempre os defendi de tudo e todos com "unhas e dentes". Provavelmente deve-se ao facto de não concordar os as atitudes deles, e de os fazer ver isso, mas isso não justifica ser tratada como um entroso.

Infelizmente sempre tive a sensação de estar cá em casa a mais, parece que "ocupo" muito espaço... Como já referi faço artesanato e tenho muitos materiais, sempre que chegava algo a casa ouvia sempre passado uns minutos: "não sei onde arrumar tanta coisa cá em casa", " esta casa esta uma vergonha com tanta coisa, mal nos mexemos", o ano passado para resolver este " probleminha" construi um anexo para ficar como atelier, agora sim guardo as minhas coisas num lugar só meu... mas sabem se não "abro os olhos" o anexo estava quase cheio de coisas deles, agora já não era muita coisa...
O meu namorado oferece-me roupa, sempre que ele me dá alguma coisa lá vem a mesma conversa" os armários estão tão cheios..." não temos onde arrumar roupa".

Digam-me lá uma coisa que não entendo, se estou a mais, então porque não me deixam ser livre e voar?!

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Namorado, ou anjo da guarda?!

Nem sei por onde começar, sobre o meu namorado podia contar tanto, que nem sei bem o que dizer.
Namoro à 8 anos com ele, já passamos muitos bons momentos juntos, recordações com ele?!Boas, muito boas...
Quando ainda estudava, tinhamos mais "privacidade" ele na época já trabalha e fazia-me supresas, faltei muito às aulas para estar com ele, mas sabem não me arrependo em nada... O nossso 1º dia de São Valentim foi mesmo especial.
Sair sozinhos, como já tinha dito, é impossivel os meus pais dizem " só depois de casados, ai sim saiem e fazem o que quiserem..." como se o mundo tivesse ainda parado na idade das cavernas.
Eu agradeço imenso a sorte que tive em arranjar um namorado assim tão especial, sei que se fosse outro rapaz não aguentava tanta pressão, ser tratado como criança, sei que se com outro rapaz não podessemos sair, não estaria namorada mais de 1 semana.
Mas não, ele ao longe destes anos todos, de todos estes problemas, continua aqui, à minha espera e trata-me como uma princesa.
Estes últimos 3 meses, ele começou a ficar mais revoltado com os meus pais, começou a fazer-lhes "frente" mas viu que de nada adianta, eles dizem sempre o mesmo, então ele começou a insistir para me ir embora, sair de casa e ir viver com ele, o problema é que ele não tem um ordenado certo, não podemos "sobreviver" sem eu trabalhar, o que faço em artesanato ajuda-me muito mas não chega para estas despesas, então os pais deles, "convidaram-me" para ir para casa viver com eles, mas eu nunca vivi de "favores" preferia trabalhar, para não me sentir uma inútil lá também.

Os pais dele são mais "liberais" quando é pelo seu aniversário os pais  dele tem de nos acompanhar senão não podemos ir, e eles deixam-nos sair, estar sozinhos, coisa que com os meus pais é impensável, sei que lá estaria bem, e que seria mais fácil de arranjar trabalho porque teria mais facilidade de sair para procurar.

Mas como tenho "pavor" das pessoas, ir para uma casa sentir-me inútil não sei... e também porque para sair daqui tinha de "fugir" porque sem trabalhar e sem casar é impossivel, os meus pais nunca aceitariam: " vou-me embora viver para casa dos pais dele". Sinto uma confusão na minha cabeça...

O que é ser irmão afinal?

Irmãos... para mim ser irmão é ser amigo, companheiro, parceiro, ajudar e defender contra " tudo e contra todos..." tenho uma irmã de 22 anos, que perante toda esta situação nada faz nem para me ajudar, nem para se ajudar, sim porque passa-se exatamente o mesmo com ela, visto que também vive aqui...

Tenho fazer frente aos meus pais, mostrar que não esta certo as atitudes deles, mas ela em vez de me ajudar, fica do lado deles e contra mim.

Imaginem então o que lhes vai na cabeça, se a irmã não se queixa, esta bem, então o problema não é nosso mas sim dela que imagina coisas onde elas não existem.

Na semana passada a minha avó começou a insultar o meu pai, e eu não o admito, apensar de tudo são meus pais e não quero que nada de mal lhes aconteça, acho que se o amor não fala-se tão alto na minha vida seria bem mais fácil, a minha mãe em vez de defender o meu pai estava sempre a manda-lo calar, e a mim estava-ma a irritar confesso, a minha avõ qaundo se foi embora eu disse:
- "Então o que é isso, se casou com ele, tem de o defender com unhas e dentes, escolheu-o a ele e não aos pais, se fosse para defender os pais tinha la ficado em casa, não precisava ter casado".
Sabem o que aconteceu, a minha irmã começou a defender a minha mãe, porque ela começou a gritar que eu era isto e aquilo...

No fim de contas ainda os defendi e depois é que fiquei mal vista.

Será que recordar é mesmo viver?!

Quem não recorda a infância, quem não perde horas a olhar para o nada, pensado no que já passou?!

Da minha infância recordo bons momentos, mas também momentos que até hoje me acompanham com muita magoa.

Recordo-me dos bons momentos que passei em casa dos meus avós paternos, das longas horas de brincadeira com os primos, recordo-me também de brincar às donas de casa, à barbies com as amigas.

Mas lembro-me dos maus tratos do meu avô materno para com a minha avó materna, lembro-me de a minha mãe estar sempre a controlar os meus passos e da minha irmã, de controlar o que diziamos, faziamos, e sempre que não era do seu agrado lá vinha o tão famoso "aperto no braço", imaginem 2 crianças, sempre com pavor de levar apertos em público.

Lembro-me de quando estava no 4ª ano de escola vir a casa almoçar, a minha mãe tinha sopa de cenoura para comer, e eu fiz birra que não queria, ela bateu-me tanto, tanto, que fiquei deitada no chão com ela com os pés em cima da minha barriga (ainda hoje sempre que me apresentam um prato com sopa recordo-me deste episódio).

Quando era criança os meus pais não saiam de casa, saia sempre com os meus avós maternos, neste dia saimos com os cunhados do meu avô, para passear e aproveitaram para comer um gelado, a mim não me apetecia, como sou muito friorenta, gelados não é algo que me atraia muito, eles obrigaram-me a comer, era eu a dizer que não queria e eles sempre a insistir, o meu avô ja me queria bater e eu com medo lá comi.

Infelizmente recordar a mim custa-me muito, é-de complicado contar sem uma lágrima não escorrer pela cara, tenho mais recordações mas vou contando aos poucos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Não me sai da cabeça

Sei bem que até para muitas pessoas o que estou a passar pode não ser suficiente, pode até nem ser nada comparando com os problemas de muitas pessoas.

Mas o suicidio é algo que me acompanha permanentemente, já tentei várias vezes, mas acabo sempre por desistir, talvez por cobardia, ou então exista mesmo um Deus que nos guia e nos protege...

A última vez foi no dia 12 de Fevereiro, escrevi uma carta aos meus pais, e já tinha os comprimidos, mas não fui capaz, sabem o que me lembrava no momento: " O teu pai não vai suportar, não vai aguentar, tens de lhe dar o exemplo..."

O meu pai esta doente já à vários anos em casa reformado, a minha avó descupem o que vou dizer: Mas parece o "diabo", massacra tanto, que o meu pai pensa em suicidio, e esta sempre a dizer" se eu morrer não tenho pena nenhuma" foi por ele, porque apesar de nunca me defender, de nunca estar do meu lado, de nunca me ajudar em casa, eu o amo e não quero que nada lhe aconteça.

O meu pai é uma pessoa com a mente muito fechada, uma rapariga não pode falar com um rapaz, namorar "ao portão" sexo só depois de casar, sair sozinha nem pensar, uma mulher trabalhar , nem pensar (em casa como doméstica é que é o seu lugar), isso é o pensamento dele, mas se alguém falasse com ele, ele ia dar a entender completamente o contrário. Por exemplo quando quero sair para ver lojas tenho de os levar comigo senão "não sai ninguém de casa" mas se alguém comenta os meus pais respondem" ela é que nos obriga a vir".

Eu faço artesanato, até tenho uma página no Facebook e acreditem que é as bijuterias que me ajuda a continuar com a vida para a frente... Embora não deia vencimento para suportar as despesas de uma casa sozinha aceditem que só o facto de me sentir bem, com responsabilidades por vezes me esqueço que "estou prisioneira na minha propria casa.

A solução será fugir?!

Eu sei que é comum a nós humanos fugir dos problemas, tentar sempre não os enfrentar mas eu já não aguento mais, tento a cada dia acordar com a esperança de que "hoje será melhor, vai tudo correr bem" mas acaba sempre tudo por ser igual.
Eu vivo com os meus pais, pais?! Ditadores será melhor assim.
Acreditam que com 25 anos não consigo nem sair à rua sem eles se meterem no assunto, até para comer tem de ser quando eles sismarem. Chegamos ao cúmudo de por exemplo me apetecer um chocolate e se não comermos todos também não como.
Sair para fazer compras, tomar café com alguém, é para esquecer, impossivel...
Sabem até trabalhar, ter uma vida normal, impossivel, com esta idade ainda procuro o primeiro emprego.
O ano passado fui recenseadora dos censos, e sabem o vôvô teve de me acompanhar para os lugares mais longes, e a mama tinha de se meter em assuntos que nada lhe diziam respeito. Entrei quase em choque que fiquei sem voz, as coisas não corriam nada bem,  chorava por tudo e por nada.
Ás vezes penso, a culpa é minha porque não sou forte o suficiente para fazer frente, mas a verdade é que tenho um pavor a eles, tenho um pavor de viver, que até quando vejo alguém só me apetece fugir.
Sinto-me uma inútil, uma incompetente. Será que fugir de casa é a solução?

domingo, 29 de abril de 2012

Minha culpa

Minha culpa

Sei lá! Sei lá! Eu sei lá bem
Quem sou? Um fogo-fátuo, uma miragem...
Sou um reflexo... um canto de paisagem
Ou apenas cenário! Um vaivém

Como a sorte: hoje aqui, depois além!
Sei lá quem sou? Sei lá! Sou a roupagem
De um doido que partiu numa romagem
E nunca mais voltou! Eu sei lá quem!...

Sou um verme que um dia quis ser astro...
Uma estátua truncada de alabastro..
Uma chaga sangrenta do Senhor...

Sei lá quem sou?! Sei lá! Cumprindo os fados,
Num mundo de maldades e pecados,
Sou mais um mau, sou mais um pecador...

                          Florbela Espanca

Como um pássaro que sonha em ser livre

Queria tanto sentir-me normal, sentir-me uma pessoa feliz, com uma vida normal, mas não... sinto-me perdida sem vida, sem vontade de viver. Cada dia que passa sinto que nada faço aqui.
Podia começar por vos contar a minha vida desde o inicio, mas decidi contar como me sinto, hoje passados todos estes anos, para depois, então sim vir todos os porquês...

Tenho 25 anos, mas sinto-me com 3 anos, estou namorada à 8 anos com um rapaz de 30anos mas mais parece um namoro de crianças de creche, tenho familia mas sinto que se não tivesse estaria bem melhor.

E porquê?! Porque vivo como um pássaro preso numa gaiola que sonha um dia ser livre.